O que eu NÃO faço como pesquisadora

Muito se fala sobre o que fazer, como fazer… mas pouco se fala sobre o que não fazer. Nesse post, resolvi focar nas ações que vejo alguns pesquisadores fazerem e que eu não faço.

  • Disparar mil e-mails

Sem dúvidas, um dos maiores erros dos pesquisadores. Muitas vezes o pesquisador não faz a menor ideia de onde o registro pode ser localizado e, em vez de pesquisar a fundo com o objetivo de delimitar uma área geográfica para a pesquisa, preferem simplesmente disparar mil e-mails para comuni e paróquias diferentes. Resultado: recebe um monte de negativas – e, para piorar, gera um desgaste necessário para os funcionários, que, inclusive, estão começando a taxar fortunas para realizar pesquisas, como pode ser observado no caso do Comune di Soave (VR).


  • Pesquisar em 500 comuni

Se o meu trabalho é realizar uma pesquisa genealógica, pode ter certeza de que, antes de eu pesquisar numa região, eu terei motivos para querer pesquisar nessa região. Pesquisar por pesquisar – ou seja, pesquisar em qualquer comune ou em vários comuni –, sem direcionamento, pode ser frustrante, desgastante e, muitas vezes, desnecessário. O meu foco é sempre realizar pesquisas de forma assertiva.

  • Começar a pesquisa no país que o europeu nasceu (Portugal ou Itália)

Se o europeu imigrou para o Brasil e o meu objetivo é identificar o seu local de nascimento, a base da minha pesquisa será no Brasil e só depois será no local de origem do europeu. Isso porque a pesquisa no Brasil me trará uma base de informações que norteará a minha pesquisa na Europa.

  • Pesquisar somente com as informações que foram fornecidas

É comum – e esperado – que o cliente não tenha muito conhecimento acerca do antepassado europeu dele, e é por isso mesmo que me procuram. Dito isto, é esperado saber que o italiano que o cliente diz ter nascido em 1890 possa, na verdade, ter nascido em 1889, 1888, 1887, 1886 e por aí vai… O meu trisavô italiano, por exemplo, afirmava ter nascido em 1864 no registro do 2º casamento dele, quando, na verdade, havia nascido em 1859. Isso vale para outros dados fornecidos s ou até mesmo encontrados nos registros: não se pode validar todas as informações de primeira, é necessário sempre considerar que algumas podem estar levemente divergentes; sobretudo considerando que antes os registros muitas vezes eram feitos de forma declaratória, ou seja, sem apresentar documentos oficiais.

  • Pesquisar utilizando apenas uma ferramenta de pesquisa

Ao pesquisar, eu costumo usar, no mínimo, 7 ferramentas de pesquisas diferentes para pesquisas de baixa complexidade. Para pesquisas de média e alta complexidades, eu chego a utilizar mais de 20 ferramentas de pesquisas diferentes. Com a expertise, fica mais fácil identificar quais ferramentas serão mais úteis para mim.

Me conta: você já fez alguma dessas coisas? Se sim, me diga: como foi a experiência?

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